
Copenhaga é a capital da Dinamarca, uma cidade cheia de vida, muito moderna, e conhecida pela sua qualidade de vida, design inovador e sustentabilidade. Tem canais que compõem uma boa parte da cidade, como Nyhavn, atrações icónicas como a estátua da Pequena Sereia ou os jardins do Tivoli, para além duma cultura gastronómica rica. Mas o que mais marca Copenhaga, à semelhança de outras cidades europeias, são as muitas bicicletas que por lá circulam, tornando-a uma das cidades mais amigas do ciclismo no mundo inteiro.
A Viagem
Viajamos com a TAP, a meio de janeiro, e comprámos os bilhetes numa promoção da black friday da Booking. O preço, 135€ por pessoa, ida e volta.
Saída de Lisboa ao final do dia de quinta-feira (19h) e regresso no Domingo à noite (18h... sim noite, porque nesta altura do ano anoitece pelas 16h30 🙂). Três dias quase completos para conhecermos a cidade.
Nota importante: o voo chega a Copenhaga às 23:40, se não atrasar, e a essa hora não encontram muitos locais abertos para comerem. Como a saída é às 19:00, das três uma:
Ou comem no aeroporto de Lisboa, algures entre as 17:30 e as 18:00 (ou antes, se estiverem em modo jejum intermitente);
Ou saltam o jantar;
Ou comem a bordo, mesmo que pago à parte (não é nenhuma fortuna... prinicipalmente se estão a ir para Copenhaga).

A Estadia
Marcamos a estadia via Booking, como normalmente fazemos. Copenhaga não é um destino barato, mas com quase 2 meses de antecedência, encontrámos algumas opções minimamente aceitáveis e por valores interessantes. Optámos por um hotel mesmo ao lado da estação central, o Good Morning City Copenhagen Star, mesmo no centro da cidade.
Bem equipado, aquecido q.b., a 116€ por noite, para 2 pessoas, três noites e com um belíssimo pequeno almoço incluído. Não é dado, mas face ao custo médio de alojamento no centro de Copenhaga foi ótimo.
Não menosprezem a opção pequeno almoço. O nível de vida é bastante elevado e raramente não compensa.
Assim sendo, e falando já dos custos do fim-de-semana, o vôo custou 135€ por pessoa e o alojamento 174€, totalizando 309€ por pessoa. A isto juntam-se custos de alimentação, transfer de e para o aeroporto (4€/pessoa/percursso de comboio) e pronto.
O que fazer em Copenhaga em 3 dias?
Dia #1 - sexta
Copenhaga nesta altura do ano tem luz entre as 8:30 e as 16:30, aproximadamente, mas a vida começa bem mais cedo e acaba bem mais tarde. Ainda assim, e porque não viajamos para conhecer cada metro quadrado dos locais que visitamos, tentamos sempre equilibrar o passeio e o descanso, os spots imperdíveis e o nosso gosto, a experiência dos outros e a nossa vontade. Não é um processo fácil, mas com pesquisa e flexibilidade conseguimos sempre.
Posto isto, e porque tínhamos o pequeno almoço incluído na tarifa do hotel, saímos todos os dias por volta das 10h da manhã. No primeiro e no terceiro dias caminhamos, enquanto no segundo, que escolhemos para visitar pontos mais distantes entre si, comprámos um bilhete de transportes públicos para 12h.
Logo no primeiro dia ficamos encantados com esta cidade que parece saída de um conto. É a cidade mais silenciosa onde já estivemos! Chega a ser estranho... mas no bom sentido!
Esteve sempre frio, entre os 0 e os 5 graus ❄️, mas nada que um bom agasalho e longas caminhadas pela cidade não resolvam (e vinho, ou chocolate quente ou cerveja...).
Neste primeiro dia desenhámos um roteiro, todo ele a pé, entre os canais de Nyhavn, as ruas de paralelepípedos e monumentos imponentes como o Marmorkirken.
Radhuspladsen (aka a praça do município)
Começamos pela Rådhuspladsen, a segunda maior praça da cidade, onde se situa a Rådhus, a câmara municipal de Copenhaga, e o Jens Olsen's world clock.
O edifício da câmara tem grande importância histórica e é muitas vezes escolhido para eventos sociais e políticos da Dinamarca. Na fachada do edifício vemos os símbolos de momentos históricos marcantes da Dinamarca e da cidade de Copenhaga. Podem fazer uma visita guiada (paga) e visitar a torre (também paga), que tem uma vista bonita da cidade.
O Jens Olsen's World Clock (ou Verdensur) é um relógio astronómico avançado que está exposto na Câmara Municipal de Copenhaga. Foi concebido e calculado por Jens Olsen, que era um serralheiro experiente, tendo mais tarde aprendido o ofício de relojoeiro.
Vor frue kirke (catedral de Copenhaga)
Seguimos caminho pela Vestergrade até à catedral de Nossa Senhora, uma igreja diferente. A atual Catedral de Copenhaga (Vor Frue Kirke) foi construída em 1829. Neste local sempre estiveram, desde 1209, igrejas dedicadas a Nossa Senhora mas que não resistiram a revoltas, incêndios e tragédias. A luminosidade e as paredes brancas, transmitem uma harmonia e paz incríveis, que contrastam com os episódios tumultuosos da sua existência.
Rundertarn (a torre redonda)
Subir a torre redonda pode ser desvalorizado, mas vale muito a pena. Custa 40 DKK por pessoa (~5,3€) e foi, para nós, uma experiência muito gira.
A Torre Redonda é única no mundo, e a subida faz-se por uma rampa em espiral que nos conduz ao topo. Este é um dos melhores pontos de observação da capital dinamarquesa.
Mais, ao longo da subida, há diversos pontos com curiosidades da torre e da igreja adjacente, sendo o mais incrível, um pequeno autocolante, numa janela, com um QR code que nos direcciona para a história de um menino de 12 anos que se perdeu durante mais de um dia na torre. Quando demos por nós, estávamos sentados na janela da torre a ouvir atentamente a história do pequeno August.
No cimo, a tal vista fantástica da cidade, mas mais... o mais antigo observatório em funcionamento da Europa. O rei Christian IV ergueu a torre para permitir aos astrónomos da Universidade de Copenhaga observar as estrelas muito acima das luzes e do fumo da cidade. Durante séculos, foi o centro da astronomia dinamarquesa e o ponto de partida para observações meteorológicas e levantamentos topográficos (mais um hidden gem).
Strøget
Stroget é a mais famosa rua pedonal de Copenhaga, e uma das mais extensas da Europa, mas é apenas isso, uma rua pedonal cheia de lojas. Bom, Strøget não é bem uma rua, mas cinco ruas interligadas que atravessam o coração da cidade. Lojas, restaurantes e cafés para todos os gostos e carteiras, sempre bem recheadas, alinham-se consecutivamente, desde a Rådhuspladsen até à Kongens Nytorv, passando pelas Gammeltorv e Amagertorv, duas praças icónicas e sempre animadas na Strøget.
Nós dividimos a Stroget entre o primeiro e o terceiro dia para não nos "perdermos".
A Stroget termina em Kongens Nytorv (a praça nova do Rei). É uma praça no centro de Copenhaga, e um dos locais mais visitados da cidade. É considerada a maior e melhor da cidade, e foi construída sob as ordens de Cristiano V para ser uma ligação para o exterior da cidade fortificada.
Nyhavn
Mesmo na sequência da praça nova do Rei, aparece este ícone de Copenhaga: Nyhavn. Difícil de ler para nós à primeira, mas um mimo de rua. São poucos metros de restaurantes e bares de um lado, e habitação do outro, atravessados ao meio pelo canal, criando um pequeno porto.
É provavelmente a imagem-postal mais conhecida de Copenhaga. O porto do século XVII orgulha-se de ser uma das zonas mais atrativas e animadas, com restaurantes, cafés e bares a ocupar os pisos térreos de casas centenárias. O nº9 data de 1681, a casa mais antiga de Nyhavn. Ao longo do canal, barcos históricos ancorados dão uma aparência mais autêntica ao porto.
Nós acabamos por comprar um passeio de barco de 1h pelos canais. Sem grande pesquisas ou avaliação de preços, acabámos por fazer o tour com a "Canal Tours Copenhagen", que custou 160 coroas dinamarquesas (~21€ por pessoa). Foi uma forma excelente de ver os principais pontos de interesse de Copenhaga doutra perspetiva, com o apoio da nossa guia que nos contou tudo sobre os lugares emblemáticos por onde passámos. Ah... e não é preciso saber nadar. Nas fotos, aparecemos na parte exterior do barco e bem agasalhados por causa do frio, mas foi uma opção. O barco tem toda uma zona interior bem quentinha. Apenas preferimos ir no exterior.
Depois do passeio acabámos por almoçar mesmo em Nyhavn, algo que não aconselhamos se estiverem com o orçamento apertado, mas estávamos com frio, fome e queríamos mesmo beber uma cerveja e um copo de vinho (vejam lá se acertam em quem bebeu o quê 😄).
Amalienborg e Amaliehaven
Depois de saírmos de Nyhavn, seguimos ao longo do canal em direção ao palácio de Amalienborg. Um ponto importante e que deixamos já aqui a nota: tem um render da guarda todos os dias às 12h. Deve ser muito parecido (ou não) com o do Londres... mas nós não sabemos porque fomos de tarde!! Ainda podíamos lá ter voltado no último dia mas distraímo-nos a saltar nos trampolins 😄.
Podem visitar dois dos palácios, o Christian VII (apenas com visitas guiadas) e o Christian VIII (que tem entradas pagas) entre as 11h às 16h. Esta é a casa oficial da família real dinamarquesa e é composta por quatro edifícios idênticos em torno de uma ampla praça (a tal do render da guarda).
Entre os palácios e a água, surge um pequeno parque, Amaliehaven, que vale a pena visitar... nem que seja para descansar as pernas. Foi criado em 1983, e foi uma oferta da Fundação A.P. Møller e Chastine McKinney Møller à cidade de Copenhaga.
Marmorkirken (igreja de mármore)
Na sequência do palácio encontrámos um dos edifícios mais imponentes desta escapadela: a igreja de mármore, ou Frederiks Kirke. É uma das igrejas mais impressionantes da cidade e tem também, dizem, uma das melhores vistas da cidade. Nós não o fizemos porque já tínhamos subido a alguns viewpoints e ainda planeado subir a outros, mas podem visitar o interior da igreja e subir os 50 metros da cúpula revestida de cobre, a maior da Escandinávia e inspirada na cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Gammel strand e a estátua da peixeira
Antes do regresso ao hotel, fomos espreitar a Gammel strand, que em dinamarquês moderno significa “praia velha”, e que, antes da construção das várias ilhas artificiais e respetivos canais, era isso mesmo, uma praia e, mais tarde com a construção do porto, um mercado de peixe. Era conhecido pelas mulheres que se sentavam na praça (a mulher Skovser) em todas as estações para vender o seu peixe. Compravam o peixe na pequena aldeia piscatória de Skovshoved, a norte de Copenhaga, e percorriam o longo caminho até Gammel Strand para o venderem no mercado. Estas mulheres ficaram imortalizadas na famosa estátua da peixeira.
Ainda de dia, mas com bastantes kms nas pernas, decidimos fazer o caminho de volta ao hotel, descansar um pouco e depois saír para jantar. Pelo caminho passamos pela A.C. Perchs Thehandel, uma das lojas mais antigas de Copenhaga. Abriu em 1835 e não mudou muito desde então, mantendo o interior original em estilo colonial inglês.
O jantar neste primeiro dia foi uma aventura.
Decidimos ir até ao Meat Packing District de Copenhaga porque estava referenciado como uma zona vibrante cheia de restaurantes e bares, mais específicamente, um que nos tinham dito para experimentar: o Warpigs Brewpub. Que confusão. Enorme. Cheio de gente e ruído. Todo o barulho que não ouvimos durante o dia estava confinado naquele espaço. A primeira abordagem foi... "vamos e encontramos algo diferente", mas depois ficámos, tentamos interpretar a ementa (antes de sabermos que havia uma app em Inglês - em nossa defesa o QR code estava nas mesas e os pedidos eram feitos antes de nos sentarmos), arriscamos e tivemos a sorte de encontrar 2 lugares para nos encaixar (que não é nada fácil). Entre música, gargalhadas, pessoas a entrar e a saír, o Warpigs é, sem dúvida, uma experiência que recomendamos.
[Fail] Jardins do Tivoli
Ainda antes do jantar, tínhamos planeado uma visita aos jardins do Tivoli. É um parque de diversões, mas mais que isso, é um espaço muito agradável para passear. O Pedro já lá tinha estado há uma vida atrás (tinha 17 anos) e decidimos visitar. Problema: estava fechado entre janeiro e abril :(
E pronto, chegamos mais cedo ao hotel.
Total de kms percorridos: 6,7km
Dia #2 - sábado
Segundo dia a explorar Copenhaga, e mais uma vez, saímos do hotel pelas 10h. Neste segundo dia, como queríamos cobrir uma área muito alargado do mapa, optámos por comprar um bilhete de 12 horas para transportes públicos. Utilizamos a app DOT Tickets, foi súper fácil e custou 60 coroas dinamarquesas (~8€) por pessoa. Podem usar o metro, autocarro, comboio e barco e, para nós, foi a escolha perfeita para um dia como este, em que tínhamos de andar muitos km. Comprámos assim que entramos na estação de metro mesmo ao lado do nosso hotel, pelas 10:20, e tinha uma validade de 12h, ou seja, até às 22:20.
A primeira viagem que fizemos foi entre o nosso hotel e a zona de Osterport, para começarmos pela área onde está a estátua da pequena sereia.
Kastellet e o moínho (Kastelmollen)
Esta primeira paragem do dia foi uma surpresa. Kastellet, ou “A Cidadela”, como também é conhecido, é uma das fortalezas mais bem preservadas do norte da Europa. Foi construída sob a forma de um pentágono com baluartes nos seus cantos. O Kastellet era contínuo com o anel de muralhas que circundavam Copenhaga, mas hoje só restam as de Christianshavn.
Estava cheio de gente a fazer desporto, apesar do frio, e mesmo no meio do tal pentágono, rodeado de água, um lindíssimo moínho.
A pequena sereia
Mesmo ao lado da fortaleza está a famosa estátua da pequena sereia. É verdade que já a tínhamos visto no dia anterior quando fizemos o passeio de barco, mas aproveitámos para finalmente a conhecer de frente (era obrigatório). Nós estamos sempre à espera de estátuas enormes quando são ícones das cidades e normalmente reclamamos quando são pequenas (quem visita o Rio de Janeiro faz sempre o comentário... "o Cristo Redentor é pequenino" LOL).
Esta tem a dimensão que tem, e com ela tem também uma série de recuperações por causa de vandalismo!!
No passeio de barco ouvimos uma história engraçada da pequena sereia. Em 2010, aquando da exposição mundial de Xangai, o governo dinamarquês devidiu enviar a estátua e a rocha onde está "sentada" para aquela cidade, mas durante a sua ausência, colocaram um ecrã no seu lugar, transmitindo imagens ao vivo da Pequena Sereia na China.
Igreja de St. Alban e o Churchillparken
Abaixo de Kastellet e na sequência da estátua da pequena sereia, passamos pela Igreja de St. Alban, mesmo no meio do parque com o nome de Winston Churcill. É um parque público que recebeu o seu nome em 1965 para comemorar Winston Churchill e a ajuda britânica na libertação da Dinamarca durante a Segunda Guerra Mundial.
A próxima paragem era o bairro de Christianshavn, um dos mais caros de Copenhaga.
Vor frelsers kirke (our saviour)
Um dos pontos que mais expetativas tínhamos é a Vor frelsers kirke, ou Igreja do Nosso Salvador. É uma igreja imponente e uma das mais bonitas, mas o que queríamos mesmo fazer era visitar a famosa escadaria externa em espiral no topo da mesma. Normalmente podem subir até ao topo onde a vista sobre o centro de Copenhaga é maravilhosa, mas nós não conseguimos. A torre estava fechada durante o mês de janeiro!! Acabamos por estar sentados no interior da igreja a ouvir a música do, também famoso, carrilhão (as melodias são tocadas de hora a hora, das 8 da manhã até à meia-noite). Vamos ter de voltar para subir lá acima🙂.
Christiania
Outro ex-libris da cidade, ali mesmo ao lado da igreja, é a cidade livre de Christiania. Trata-se de uma comunidade "independente" e autogerida com cerca de 850 habitantes.
Toda a vibe de Christiania transmite essa sensação de liberdade auto-regulada, muito artística e sustentável. As Autoridades consideram Christiania uma grande comuna, com um estatuto único, regulada por leis especiais, a Lei de Christiania (desde 1989), e que transfere parte da supervisão da área do município de Copenhague para o estado dinamarquês.
Christiania tem sido controversa desde sua criação, numa área militar que foi ocupada em 1971 por um grupo de hippies, anarquistas, artistas e músicos, como uma forma de protesto. Atualmente a maior controversia talvez seja o comércio livre de cannabis, tolerado pelas autoridades até 2004, mas desde então, algumas medidas para tentar normalizar o estatuto jurídico da comunidade levaram a conflitos.
É um local diferente que vale a pena visitar por isso mesmo, pela diferença. Música e côr estão presentes em cada canto. Os actuais moradores de Christiania referem-se a si próprios como moradores de uma cidade livre, administrativamente independentes das autoridades nacionais, mas pagam impostos e podem usar os serviços públicos, como os hospitais e as escolas.
Palácio de Christiansborg
Não é novidade que não somos os maiores fãs de palácios e museus, e este não foi uma exceção. Adoramos vê-los por fora e, dependendo do tipo de visita (raramente numa escapadela de 2 dias a uma cidade o fazemos), por vezes visitamo-los por dentro (como fizemos em Edimburgo por exemplo).
O Palácio de Christiansborg já teve 3 versões. Foi construído em 1746 e destruído em 1794 por um incêndio. Mais tarde, foi reconstruído em 1828 e novamente destruído por outro incêndio em 1884. Finalmente, foi novamente reconstruído em 1928.
É, para além da anterior residencia da familia real, a sede do Parlamento Dinamarquês (Folketinget), o escritório do Primeiro Ministro e do Supremo Tribunal da Dinamarca. É a única construção do mundo que abriga os três poderes simultaneamente.
Quando lá chegámos e admirávamos a insfraestrutura, reparámos numa torre e, consequentemente, uma fila de pessoas para lá entrar. Foi uma surpresa. Rápido e uma vista muito bonita da cidade de Copenhaga. Mais, ao longo da subida, encontram verdadeiras peças de museu encontradas nas ruínas das versões anteriores. Esta subida é gratuita e uma boa surpresa.
Entre o palácio de Christiansborg e o nosso próximo ponto, o castelo de Rosemborg, estava um dos spots que tínhamos planeado visitar para almoçar. Um dos mais famosos "burger joints" da cidade, o Gasoline Grill. Que bela surpresa. Mesmo no meio de uma estação de serviço (atualmente já conseguem encontrar também em street markets, mas este é o original), com algumas mesas (todas no exterior) e uns hamburguers deliciosos. Nós que não somos fans de fast food ou junk food, adorámos e recomendamos.
Castelo de Rosenborg
Este pequeno castelo, construído para servir em 1606, é um mimo. Muito bonito mesmo. Mais uma vez, não planeamos visitar o castelo por dentro, mas sim a sua envolvente, que é linda, e por isso o encaixamos nesta visita ao final da tarde. Acreditamos que, se o tivessemos feito de manhã, provavelmente teríamos visitado o castelo por dentro. É mesmo apelativo.
O castelo foi usado até 1710 como residência da família real, e mais tarde, quando o Palácio de Christiansborg esteve em reconstrução.
E assim fechamos as visitas do dia... mas não o dia.
Torvehallerne KBH
Ainda passamos pelo mercado "Torvehallerne Food Market" para um copo de vinho ao final da tarde.
É um mercado alimentar e um destino culinário, no bairro de Nørrebro, muito popular entre habitantes locais e turistas. A atmosfera é fantástica, vibrante e tem muitas opções para almoçar, jantar ou apenas petiscar algo enquanto bebemos um copo de vinho.
Reffen - Skøjteøen
Para fechar este longo dia, fomos até ao Reffen Street Food Market, o maior mercado de comida de rua do Norte da Europa e um viveiro cultural, um verdadeiro oásis feito de contentores, mesmo à beira mar. É um espaço rodeado de oficinas e armazéns outrora degradados, onde decorria, no dia em que fomos, um evento de início de noite... uma "Ice Skating Disco". Que ambiente acolhedor, cheio de fire pits, bancas de street food, pessoas animadas e música. Vale muito a pena lá irem. É longe, mas se apanharem o autocarro 2A vão lá ter mesmo à entrada.
E pronto... agora sim, fechamos o dia e regressamos ao hotel, aproveitando o nosso bilhete de 12h.
Total de kms percorridos: 24km (dos quais, ~4,5km a pé)
Dia #3 - domingo
Último dia em Copenhaga, o mais frio de todos com temperaturas de 0 graus, mas o mais leve. Tinhamos de estar na estação pelas 16h para o regresso de comboio até ao aeroporto e por isso não quisemos encher muito o dia. Fizemos as malas, o checkout e deixamos a bagagem no hotel. Por volta das 10h lá saímos para mais um roteiro, novamente a pé.
Gråbrødretorv
Mais uma parte da zona de Strøget, que visitámos no primeiro dia, um largo cheio de cor.
Esta praça deve o seu nome (impronunciável por um Português) a um convento franciscano, que foi estabelecido no local em 1238. O convento desapareceu em 1530, mas a torre da igreja era uma parte visível do horizonte da cidade ainda em 1596. As enormes caves do convento tornaram-se a prisão da cidade e, por fim, a própria igreja foi convertida em prisão.
Hoje é um largo colorido e animado, cheio de restaurantes.
Lego store
Vir a Copenhaga e não visitar uma loja da LEGO não seria a mesma coisa. Não são megastores (existem apenas 2) mas são encantadoras. A que escolhemos, precisamente a que fica na Strøget, tinha inclusive um modelo do ícone maior de Copenhaga, o porto de Nyhavn.
Brincámos com legos, vimos qual a nossa personagem do Star Wars e trouxemos lembranças para casa. Estivemos quase uma hora dentro da loja e nem nos apercebemos do tempo a passar.
Depois, lá seguimos o nosso caminho. Passamos pelo BLOX, um edifício lindíssimo em que todas as actividades se centram na vida urbana, na arquitetura e na sustentabilidade. Nós só o apreciamos por fora, mas podem ver exposições, participar em eventos e actividades, ou simplesmente beber um café ou comprar souvenirs.
Do outro lado do canal, encontram uma das mais bonitas pontes pedonais de Copenhaga, a Circle Bridge. É uma ponte para bicicletas e peões na zona de Christianshavn projectada por Olafur Eliasson. A ponte é constituída por cinco tabuleiros redondos com mastros de diferentes alturas. Os mastros são sustentados por 118 cabos metálicos, o que faz com que a ponte se assemelhe a uma série de iates à vela. A forma realça a inclinação inversa dos carris da ponte, que são feitos de madeira.
Não tivemos a sorte de ver, mas as placas circulares da ponte rodam e permitem que esta abra para a passagem de barcos mais altos.
Havnegade promenaden
Havnegade é uma rua que se estende desde Nyhavn (onde estivemos no primeiro dia), por quase 1km, e em direção a Holmens Kanal. O local mais famosos desta rua, mas não para nós (já vão perceber porquê), é a antiga alfândega de Gammelholm, que ainda hoje mantem a mesma traça e cor original.
Mas para nós, a visita a este local tinha outro intuito... os transpolins de rua.
Perto da ponte que atravessa de Christianshavn, encontram uma série de cinco trampolins para brincar... e nós fartámo-nos de brincar. Foram construídos no passeio, junto ao canal, e são mais um exemplo da espontaneidade desta cidade! Recomendamos muito.
Broens Skøjtebane
Fechamos a nossa breve passagem por Copenhaga em Broens Skøjtebane, mais um "street food market", com uma pista de gelo e mais umas tradicionais saunas. Fica no final da ponte pedonal que sai de Nyhavn. Mais um local de Copenhaga onde locais e turistas convivem, desafiando o seu equilíbrio no gelo ou bebendo chocolate quente ou uma cerveja.
Foi a nossa escolha para passarmos os últimos momentos em Copenhaga. Almoçamos por lá, não patinámos e sentíamos arrepios gelados cada vez que víamos uma pessoa sair da sauna em tronco nu para a temperatura gélida de 0 graus.
Total de kms percorridos: 7,6km
Até à próxima aventura!
(No link abaixo encontram o google maps de Copenhaga com as atrações que visitámos por cada dia)
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