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Uma Aventura por Itália



Com 18 anos feitos, foi a vez da Mariana aventurar-se sozinha neste mundo das viagens, por terras estrangeiras e… com budget reduzido. Sim, foi uma experiência daquelas. Sem medos, mas cheios de expetativas pelo que ela ia experienciar, e por isso apoiámos um dos grandes desejos da Mariana – ir a Itália. A língua, os sons, o pitoresco, o real, o imaginário...eram tantas as coisas que mencionava sobre Itália.


Foi uma viagem diferente. Sem os pais, apenas com uma amiga, a ter que suportar financeiramente a sua viagem e com um orçamento pequeno para gerir. Tudo foi visto ao pormenor, desde o preço das viagens, o alojamento e as atividades a fazer. Orçamento feito e poupança em curso, seguiu-se comprar a viagem e o alojamento.

Vamos começar pelas viagens. A opção foi viajar primeiro para Pisa e, depois, de comboio para Florença. Fica bastante mais em conta do que viajar diretamente para Florença. Pelo meio, também de comboio, foram visitar a encantadora cidade de Lucca.


A Viagem de Ida... e as complicações da Ryanair!


Com um orçamento bastante controlado, procuraram voos acessíveis. Encontraram. Ida na Ryanair para Pisa e regresso na TAP por Florença. 108€ por pessoa. No final, correu tudo bem, mas com alguns percalços pelo meio.

Já tínhamos passado por uma experiência menos positiva com a Ryanair, numa ida da Mariana com algumas amigas aos Açores. Mas, na verdade, serviu para aprendermos para futuras necessidades. Mesmo assim, não foi suficiente. Compramos a viagem pelo site eDreams e o problema começou aí. Como é uma entidade externa, a companhia aérea não tem forma de identificar os passageiro, logo, não permite fazer o check-in online. Nós sabíamos porque já tínhamos passamos por isso, mas desta vez recebemos um email dizendo que o poderíamos fazer no aeroporto, sem custos, ou online, com identificação dos passageiros.

ERRADO. Tentamos fazê-lo com o dito reconhecimento facial e nada. Deu um erro, surgindo a informação de que o check-in tinha que ser feito no aeroporto. Pronto. Avizinhavam-se problemas.

Este processo de reconhecimento facial tem um custo de 35 cêntimos. Sim, 35 cêntimos. Mas como não foi até ao fim não nos cobraram. O problema começou aí. O check-in ficou suspenso e ninguém nos avisou. Quando chegamos ao balcão de check-in no aeroporto, disseram-nos que não conseguiam fazer o check-in e que tínhamos que ir ao balcão de vendas. "Aquele balcão com um fila de 2 km?". "Sim".

Bem, lá fomos ao balcão. Depois de uma longa espera, la perceberam que o sistema estava bloqueado porque devíamos 35 cêntimos (!!) da tal tentativa falhada de reconhecimento facial online. Pagámos e... puff, o sistema ficou desbloqueado, foi-nos emitida uma fatura, e levamos essa fatura novamente ao balcão de check-in, onde este foi realizado com sucesso. Na prática foi simples, mas podia ter sido complicado, porque toda esta informação é inexistente para o cliente e, ou adivinhamos, ou temos que ter muita calma e uma boa dose de estupidez natural.

Embarque feito.

NOTA: no regresso, correu tudo bem com a TAP. Check-in online, lugares juntas, tudo a horas, tudo impecável.


Informações importantes:

  • o check-in online só é possível em voos comprados diretamente à Ryanair;

  • qualquer voo comprado noutra plataforma, como a eDreams, implica fazer o check-in no aeroporto, gratuitamente, se feito 2 horas antes da hora do embarque;

  • não tentem fazer o check-in, recorrendo ao reconhecimento facial online, porque o processo vai dar erro e ficam com o check-in bloqueado. Só o conseguirão desbloquear no aeroporto, no balcão de vendas da companhia;

  • Independentemente do que fizerem, guardem os email recebidos para poderem utilizar no aeroporto, se necessário;

  • preencham online o impresso sobre a covid. Podem escolher a opção individual ou em grupo.


Pisa, Florença e Lucca


Foram 8 dias intensos, de mochila às costas e com muita vontade de viver Itália. Cá em casa, já só a ouviamos falar Italiano... e até a lingua do telefone mudou! O entusiasmo dá nisto.


Pisa

Eram 17 horas quando o avião aterrou em Pisa.

Pisa é uma cidade pequena e facilmente passeável a pé. E foi essa a opção, fazer tudo a pé. A caminhada de meia hora até ao hotel foi brindada com pitorescas paisagens.


O hotel escolhido foi o Terra Nova. Um quarto tipicamente italiano, limpo, com televisão e wc com secador. Com pequeno-almoço incluído (apesar da Mariana se ter esquecido disso mesmo) e dentro do orçamento. Custou 56€ por noite/quarto com 3 camas.

Quando reservamos não pagámos nada porque tínhamos a opção de cancelamento gratuito, sendo tudo pago no check-in. Aceitam cartão.


Estava nos planos partirem para Florença no dia seguinte, à tarde, de comboio, pelo que tinham uma manhã para visitar o que Pisa tinha para oferecer.


O check-out tinha que ser feito até às 10h30. Ao passarem pela receção de maça na mão e mochila às costas, ouviram, "Colazione?". Olharam as duas uma para a outra, sabendo que significava pequeno-almoço, e disseram que não queriam, assumindo que seria pago. Após alguma insistência por parte do funcionário, lá decidiram aceitar e foram direcionadas a um pitoresco páteo exterior, e foi quando perceberam que o PA estava incluído, e para 3 pessoas. Comeram e ainda levaram na mochila snacks que duraram o resto da semana (mas pediram autorização 😊). Para bem das costas, também ouviram Bagage? (têm que ler com sotaque italiano). Sem pagarem (pois era um serviço incluído), lá ficaram com as malas guardadas. Impecável.


A Torre de Pisa ficava a 4 km do hotel. Foram a pé, o que permitiu ver tudo o que o caminho tinha para oferecer, ao ritmo de quem tem tempo para contemplar a vida da cidade e fazer parte dela.

Pararam no Mural Tutto Mundo, que é uma pintura de rua, de Keith Haring, onde se vê várias figuras humanas, que representam, precisamente, todo o mundo e a sua diversidade.


Passaram por diversas praças, maravilhosamente "pintadas" de flores.

O destino era a Piazza dei Miracoli (Praça dos Milagres). Bem no centro da praça encontram os três monumentos religiosos mais importantes da cidade: o Campanário, mais conhecido como a Torre Inclinada, a Catedral ou Duomo e o Batistério.


A praça é bem representativa desta cidade italiana. O complexo arquitetónico da Piazza dei Miracoli foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO.

Bom, chegaram à Torre de Pisa. Reparam nas mil e quinhentas pessoas a tirarem a mesma foto, para além de uma fila interminável para entrar na Torre. Se quiserem entrar, devem comprar o bilhete antes, porque a entrada é limitada. Desta vez não entraram e preferiram arriscar e tirar uma foto de um angulo diferente. E a foto ficou top!


A Torre de Pisa é o campanário da catedral. Uma curiosidade: ao contrário da maioria dos campanários de Itália, a Torre está situada atrás da catedral. E sabem o motivo da inclinação da torre? Deve-se a um fenómeno de erosão do solo onde está assente.


Se é verdade que Pisa é mundialmente conhecida pela sua Torre Inclinada, também é verdade que tudo à volta é lindíssimo e nada melhor que simplesmente deambularem pelas maravilhosas ruas medievais, encontrarem as diversas praças e respirarem a vida que lá anda e, claro, aproveitarem um dos relvados para descansar e ler o livro que acompanhou a viagem. Conhecer o mundo não é só ver monumentos ou os pontos turísticos “a não perder”. Conhecer o mundo também é viver a sua dinâmica, os seus costumes. Ter tempo para observar, conversar, aprender a língua, experienciar, até ser confundido com os locais.


Pisa tem os seus pontos de interesse mais populares todos localizados na Piazza del Duomo. Podem apreciar a Catedral de Pisa (Duomo), dedicada à Virgem Maria, e um dos duomos mais importantes de Itália, a par do de Florença e Milão, e o Batistério de Pisa, que só observando o seu exterior já vale a pena (a visita ao interior é condicionada). Ainda nos limites da praça podem encontrar um cemitério de estilo gótico, o Camposanto Monumentale.


Caminhando pela via Santa Maria em direção à Ponte Solferino conseguem observar a belíssima igreja de Santa Maria della Spina. Entre o trabalho sublime de mármore e a sua minúscula dimensão, é de uma indiscutível beleza. Depois, é só continuarem simplesmente a passear pelas belas margens do ri Arno.


Algo que mereceu todo o carinho foi perceberem que os cães são bem-vindos em tudo o que é loja, inclusive supermercados. É maravilhoso entrar-se num PAM (supermercado local) para comprar o almoço e darmos de caras com um grandalhão labrador com a sua dona. Um grande ponto positivo para Itália.


Dica: Se quiserem comprar uma recordação, como o típico íman, o mais barato é na estação. É a diferença de custar 1€ ou 4€.


Florença

A viagem para Florença foi feita de comboio. O bilhete é comprado na estação, na Piazza della Stazione, e custa perto de 8€, em 2ª classe. A viagem durou hora e meia.


Florença é um verdadeiro museu ao ar livre, com os seus palácios, igrejas, praças e galerias de arte.

Uma nota importante: Os bilhetes de ingresso nos museus têm um preço bastante reduzido para idades entre os 18 e os 25 anos. Varia entre os 2€ e 4€, dependendo do museu.


Firenze Card

O cartão Firenze Card oferece entrada gratuita e sem filas para os principais museus, igrejas, vilas e jardins históricos de Florença. O cartão também permite a utilização gratuita do transporte público durante as 72 horas em que é válido. Alguns dos sítios abrangidos são a Galeria Uffizi, a Galleria dell'Accademia, o Palazzo Vecchio, a Igreja Santa Maria Novella, o Museu Nacional de Bargello, o Museo Galileo e os Jardins de Boboli. Custa 72€ e tem a validade de 72 horas (a validade do cartão começa no momento em que visitamos o primeiro museu ou utilizamos o transporte público pela primeira vez).

A Mariana optou por não comprar o cartão, pois não lhe compensava. Não iam utilizar o transporte público e os preços de entrada nos museus e jardins ficam bastante reduzidos pelo facto de terem entre 18 e 25 anos. O único senão é mesmo a fila de espera. O truque é irem bem cedo.


Um dos muitos sítios que adoraram ir foi à Galleria dell'Accademia (Galeria da Academia de Belas Artes de Florença). Foi construída para servir de local de estudo para os estudantes da Academia de Belas Artes, a primeira academia de desenho da Europa.

É onde está a maravilhosa estátua de David, a obra-prima de Michelangelo, mestre do renascimento. Sabiam que esta estátua foi criada de uma única peça de mármore? Tem 5 metros de altura e pesa 5,5 toneladas.

Se é verdade que David é algo sublime de se ver, não subestimem as pinturas de vários artistas, os bustos, as estátuas inacabadas e até o museu de instrumentos musicais, que alberga um violino Stradivarius bem como o mais antigo piano vertical preservado.

A visita pode levar de 30 minutos a 2 horas, dependendo do que querem ver e a que ritmo.

Voltando a David. Com a sua beleza e força, David representa o poder e a liberdade da República Florentina, encarnados pelo Palazzo Vecchio na frente do qual a estátua foi originalmente colocada. Michelangelo quis destacar a sua inteligência e não apenas a sua força. A estátua retrata David após a sua triunfante vitória sobre Golias, mas em vez de vermos a cabeça do gigante aos seus pés, como fazia na época Caravaggio e Donatello, a estátua mostra um jovem pensativo e enigmático.


Outra visita obrigatória é à Galleria degli Uffizi, perto da ponte Veccio. Nela encontram um dos mais antigos e famosos museus do mundo. Tem quadros muito conhecidos de famosos como Michelangelo (Tondo Doni), Rafael (Madonna del Cardellino), Da Vinci (com Anunciação), Caravaggio (com Baco e Medusa), Artemísia, Botticelli, e muitos mais.

Reservem tempo para esta visita. A galeria está muito bem organizada. Encontram um corredor enorme com as esculturas e os quadros estão visíveis nas galerias. A melhor altura para irem é de manhã, bem cedo.


Uma dica: andem de nariz empinado! Os tetos são espetaculares!


Próxima visita obrigatória: Museu Interativo de Leornado Da Vince. Existem dois. Um “normal” e outro interativo. A escolha foi natural: o interativo. A entrada custou 2 €, novamente pela idade. É um museu pequeno, mas com recriações das invenções de Leornado da Vinci, em escala real e onde muitas podem ser experimentadas. Podemos também descobrir os estudos anatômicos de Leonardo, bem como os detalhes da vida deste grande artista.

Podemos ver uma imitação de Mona Lisa.


A bela Ponte Vecchio. Uma Ponte icónica de Florença, em arco medieval sobre o Rio Arno, famosa por ter uma quantidade de lojas ao longo de todo o tabuleiro. Acredita-se que tenha sido construída ainda na Roma Antiga e era feita originalmente de madeira. Uma ponte só com joalharias. Tudo muito caro, mas podemos (e devemos) entrar nas lojas para ver o por do sol.

A vista era soberba. Vejam como a foto ficou maravilhosa.


No final da ponte, encontram vários artistas de rua expondo as suas mais diversas artes.


A movimentada Piazza del Duomo.

Uma das praças mais conhecidas, onde podemos encontrar a Catedral de Santa Maria del Fiorede que é muito brilhante. Ao contrário de muitos monumentos, não é branca, mas em tons de verde e vermelho.

Se prestarem bem atenção, vão encontrar a cabeça de um touro. A lenda fala de uma traição e consequente vingança original imortalizada entre as estátuas da Catedral, localizada na parte lateral esquerda da Catedral, entre a Via Ricasoli e Via dei Servi.

Encontraram duas justificações, bem, uma história e uma lenda. Segundo a história, a imagem é a de uma vaca que pretende homenagear os animais que foram usados ​​na construção da Catedral ao longo dos séculos. Mas a lenda é mais engraçada. Então, reza a lenda que um mestre de obras, que trabalhava na construção da catedral, era amante da esposa de um padeiro ou de um costureiro, o qual tinha uma padaria ao lado da igreja. Quando o padeiro descobriu o relacionamento secreto, denunciou a relação infiel. O mestre de obras, para se vingar, colocou a cabeça do touro, simbolizando os chifres de um marido traído, bem na direção da casa do padeiro e bem visível da sua janela.


Dica gastronómica: Entrem na Panini Toscani e deliciem-se com um Panini recheado à vossa escolha (e podem provar os queijos antes).


Piazza della Signoria

A sul do Duomo e a poucas dezenas de metros da Ponte Vecchio e do rio Arno encontraram a Piazza della Signoria. É a praça central de Florença e, praticamente, um museu a céu aberto, onde podemos ver várias esculturas, nomeadamente uma réplica de David, que está em frente à entrada do Palazzo Vecchio. Este era o local onde estava a estátua original. Foi substituída pela atual réplica quando foi colocada no museu.

Uma curiosidade. Encontrem os leões que estão ao lado das escadas da Loggia dei Lanzi. Depois, posicionem-se atrás do leão do lado esquerdo. Não parece que o leão vai morder a cabeça do David? Têm que ir ver.

Andar pela praça ou simplesmente sentar, observar e sentir o berço do Renascimento. Estar onde Leonardo Da Vinci caminhou ou onde Michelangelo esculpiu David é mágico. Foi esse o espírito.


Piazza della Repubblica

A bela porta embeleza este lugar. Praça simpática, com vários locais para comer ou, simplesmente, tomar um café. Um carrossel colorido anima o espaço. O passeio no carrocel é imperdível. Lindíssimo ao final do dia, onde se enche de artistas de rua. É uma zona cara, mas com muitas lojas conhecidas (e caras). Podem comer o famoso Spagueti à Pomodoro num dos restaurantes à volta.


Mercado Central de Florença

Passear pelo Mercado Central. Fica bem perto da Basílica de São Lourenço e tem uma rua fechada com uma feira, chamada de Mercato di San Lorenzo, com várias barracas que vendem roupas e artigos em couro. Entrando nessa rua, encontramos o Mercado Central de Florença. No andar de baixo encontramos dezenas de lojas que vendem todo o tipo de especiarias e comida italiana. Excelente para comprar o típico tomate seco ou o delicioso Limochelo. No primeiro andar, temos restaurantes onde podemos comer.


Palazzo Pitti, passando pela ponte veccio, encontram este palácio gigante, lindíssimo de se observar, mesmo só pelo exterior. Nesta viagem, optaram por não entrar por questões financeiras. Seguiram para os Jardins de Boboli.


Jardim de boboli, Gigante é a palavra que o descreve. Com preço reduzido pela idade, pagaram 2€. Ao fim de semana é necessário fazer reserva ou paga-se mais 3€, por isso o ideal é irem durante a semana.

Entre lagos, estátuas, campanário e praças, o jardim merece claramente uma visita. De uma dimensão gigante, é um pouco labiríntico para sair. Quando estavam a passear pelo jardim, começaram a ouvir em som bem alto e repetitivo “The garde is closed. For all the visitors, we kindly ask you to live on the nearst exit (dito em Italiano, Inglês, Francês e mais umas quantas línguas e repetido infinitas vezes). Mas ainda levaram uns bons minutos até encontrarem uma saída próxima. Sentiram-se em pleno labirinto.


Piazzale Michelangelo, passagem obrigatório, mesmo do outro lado do rio. Conhecida por ser a praça com a melhor vista sobre a cidade, onde é possível reconhecer na paisagem os edifícios mais simbólicos como o Duomo e sua Cúpula, a Ponte Vecchio, o rio Arno, entre outros. O por do sol é simplesmente soberbo.

Tem uma réplica em bronze da estátua de David.


A não perder: obrigatório comer gelado em Itália. Os preferidos? O gelado de pistacho salato (Mariana) e banana (Rita) na geladaria Rivareno.


Onde encontraram um excelente Spagueti al Pomodoro foi na Via Guelfa, no restaurante Bar Fibi. Barato e muito bom (4,80€). Aproveitem e peçam para sobremesa o famoso Tiramisu.

Atenção que o café, para além de muito caro, varia o preço conforme onde for tomado (sentado, balcão ou para levar).


Outro alerta: tenham cuidado a atravessarem as ruas, mesmo nas passadeiras. Há pouco respeito pela prioridade dos peões, principalmente motas e bicicletas. Eles apitam, mas se estiveres de phones, és atropelado.


Lucca


Partindo de Florença, podem fazer várias escapadelas de um dia para outras cidades. Nesta viagem, a escolha foi Lucca. Foram de comboio. Se quiserem aproveitar bem o dia, importa sair cedo. A viagem dura 1h15.


À primeira vista, parece uma cidade pequena. Mas, passando pelas suas muralhas, encontramos imensas ruelas medievais, quase labirínticas, excelentes para uns fantásticos passeios de bicicleta.

São quatro quilómetros de muros de pedra, muito bem preservados.

A zona histórica de Lucca é, de facto, maravilhosa. E foi por onde andaram. Chovia muito e abrigaram-se num café que também era uma livraria (Luccalibri Libreria Caffe Letterario). Apenas maravilhoso. Viajar também tem destas coisas… descobertas de acaso.

Um dos objetivos era ir ver o festival de pão, que de acordo com a informação que estava disponível na internet, estaria a decorrer naquela altura. Mas a informação não estava atualizada porque este ano não aconteceu o festival. Terá que ficar para um regresso a Lucca.

Então, seguiram para a Piazza Napoleone, ou Praça Central, uma linda praça, estrategicamente localizada na área central e próximo das muralhas. Tem um carrossel infantil, à moda antiga.

As praças estão cheias de mercadinhos de velharias.


Um detalhe curioso da cidade é a Torre Guinigi, pelos pequenos carvalhos que conseguem crescer num local tão incomum e pouco provável como o topo da torre.

A subida ao topo é imperdível e cheia de degraus. Uma característica engraçada é que a escadaria começa com degraus bem largos, mas que vão ficando cada vez mais apertados até conseguirmos passar só de lado. Chegada ao topo, a vista sobre Lucca é lindíssima, onde se vislumbram terraços maravilhosos.

Mais uma vez, se não tiverem tempo para grandes experiências gastronómicas, é imperativo, pelo menos, sentarem-se sem pressa e comerem um maravilhoso gelato!


Para almoçar, o local escolhido foi a Piazza del Anfiteatro (praça oval), a mais conhecida de Lucca. Tem várias entradas possíveis. E procurem numa das paredes a placa de pedra com a história da praça.

Reservem tempo para esta praça, pois merece ser admirada como um todo.

Encontram restaurantes, cafés, bares e diversas lojas de artesanato local, como cerâmicas decoradas, tudo isto de forma bastante harmoniosa e sem impacto na beleza da praça.


Dica. Comprem o bilhete de regresso a Florença logo à chegada a Lucca. O bilhete é válido até 4 horas após a hora do bilhete.

O dia não podia ter acabado melhor. No comboio para Florença, apanharam o mais belo por do sol.


Outra dica. Como algumas coisas estão fechadas ao domingo, podem sempre optar por fazer essa viagem durante a semana.


Ida para o Aeroporto de Florença


Podem ir de Comboio, Autocarro ou Metro. A Mariana optou pelo metro. Custou 1,50€. Passa de 4 em 4 minutos e o bilhete é válido para a próxima hora e meia. Fácil e rápido.


Últimas dicas e curiosidades

Nos restaurantes, servem naturalmente água com gás. Ao pedirem água, devem pedir lisa.

Não se admirem se virem na fatura o valor do serviço. Inclui tudo, talheres, mesa, guarda-sol e afins. Não é nenhuma fortuna (1,10 por pessoa), mas pelo menos ficam informados.

Ao contrário do que esperavam, Florença é muito segura. Nunca sentiram qualquer tipo de insegurança ou ameaça. Em todo o caso, evitavam andar à noite, preferindo acordar cedo e explorar esta cidade de dia.

Têm que provar Canolis, um doce tradicional da Cecília. Encontram em qualquer lado. É um rolo recheado com pistacho. Na maior parte dos locais é caro, mas muito mais barato do outro lado da ponte.

O McDonalds não tem nenhuma opção vegetariana, ao contrário de Portugal. Mas para vegetarianos há sempre massas e pizzas. Bem como doces tradicionais vegan e opções glúten free.


Curiosidade: Em Itália não se vê ninguém de cabelo molhado. É cultural.

É uma cidade com muitos fumadores, e não é uma cidade suja.

O tempo é muito imprevisível. Chove pouco tempo, mas o que chove é tipo dilúvio. Não vale a pena regerem-se pela meteorologia.


Regressaram a casa com uma dúvida. Como é possível alguém almoçar uma entrada, um prato principal e sobremesa, comer gelado a toda a hora, jantar massa e mais massa, pizza e outra vez massa e não engordar? Queremos o truque!
















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