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Escapadela de 2, 3 ou 4 dias a Serra Nevada


Não é segredo que adoramos uma escapadela à neve e fazemo-lo em família.


Começamos em 2011, apenas os dois, e iniciamos as miúdas nesta prática em 2013. A Bia tinha 8 anos quando começou e, hoje, é uma doida a esquiar! A Mariana é a mais "consciente" do grupo... sempre na sua e ao seu ritmo :)


Tentamos ir todos os anos e, às vezes, conseguimos mais do que uma vez no ano. É uma escapadela algo dispendiosa, mas há alguns truques que podem ajudar e vamos partilhá-los com vocês.


Para Onde?


Nós vamos sempre para Serra Nevada. Porquê? Está a pouco mais de 6h de carro de Lisboa e tem 100km de pistas esquiáveis. Não são os 400km de Andorra, mas demoramos metade do tempo a lá chegar. Podemos ir num dia e, no seguinte, estarmos a esquiar. Podemos esquiar até ao fecho das pistas e regressar no mesmo dia, chegando a casa ainda a tempo de arrumar tudo, descansar e estar a trabalhar no dia seguinte.


Efetivamente, tem o que precisamos e está mesmo aqui ao lado.

Porque não vamos para Bejar (também em Espanha) ou para a Serra da Estrela, ambas as serras mais perto que Serra Nevada?

A resposta é simples. Gostamos muito do conforto de poder chegar de carro e não lhe tocar mais até ao dia do regresso. Quer em Bejar, quer na Serra da Estrela, isso não acontece. Todos os dias temos de seguir de carro de onde estivermos alojados até à estância, sendo que, no caso da Serra da Estrela, o risco de, quando neva, as estradas fecharem, é elevadíssimo.


Em Serra Nevada, 30m depois de um nevão, os carros podem passar, desde que tenham correntes, claro.


Neste post, vamos falar sobre como fazer uma escapadela a Serra Nevada. Vamos partilhar as dicas que gostávamos que nos tivessem dado quando começámos, bem como alguns truques para pouparem dinheiro. Prontos? Então vamos lá!


Ah... mais duas coisas sobre irmos para Serra Nevada: estamos no sul de Espanha, pelo que a probabilidade de estarmos a esquiar de t-shirt é elevada, e estamos a apenas 30m de Granada, que fica mesmo a caminho de Portugal. Pede mesmo um dia extra para visitar o lindíssimo casco velho daquela cidade do sul de Espanha.


Quando?


A estância abre, normalmente, em dezembro e fecha no final de abril, mas as datas ajustam-se às condições climatéricas. Durante muitos anos, fomos nas férias da Páscoa das nossas filhas, mas sempre que decidimos ir num fim-de-semana, ou juntar um feriado ao sábado e domingo, então, qualquer altura é boa.

Garantam que visitam as webcams da estância para verem como está o estado da neve, evitando, assim, desilusões quando lá chegarem.


Nunca fui à Neve! O que é preciso ter em conta?



Há dois caminhos possíveis: 1) ir apenas para viver a neve, vislumbrar aquela paisagem única, construir os tão conhecidos bonecos de neve e, porque não, promover uma batalha de bolas de neve, OU 2) ir (também) esquiar ou fazer snowboard.


Vamos falar sobre o caminho 2, sabendo que, para fazer o 1, só têm de retirar as subidas às pistas e o aluguer/compra do material.

  1. Viagem

  2. Alojamento

  3. Estacionamento

  4. Acesso às pistas

  5. Aluguer ou compra de material / Roupa

  6. Alimentação


A Viagem


Nós vamos sempre de carro. São pouco menos de 750km, indo pela A6 até Badajoz e seguindo depois para Sevilha, ou um pouco mais (~760km) se optarem por ir pelo Algarve. A diferença está no trânsito que estiver no dia da viagem e no valor das portagens (16,95€ via A6 - Badajoz - e 25,25€ via A2 - Algarve).

Façam as contas ao consumo médio das vossas viaturas em autoestrada e vejam quanto custa ir e voltar.



Normalmente, saímos num sábado de manhã, se tivermos dias de férias para tirar ou se estivermos em plenas férias escolares. Mas, se quisermos otimizar os dias e fazer apenas sábado e domingo, também já saímos sexta-feira ao final do dia (17h/18h). É mais cansativo, mas quem corre por gosto não cansa, não é?


Vamos resumir:

  • Duas opções de trajeto:

    1. Via Badajoz, com menos kms e portagens mais baratas (a nossa preferida);

    2. Via Ayamonte, mais rápido.

  • Duas opções de saída:

    1. "Queimando" o dia da viagem (a nossa preferida):

      1. Saída logo de manhã (10h)

      2. Almoço pelo caminho (sandes ou paragem mais demorada numa área de refeições)

      3. Chegada a Serra Nevada a tempo para levantar o material e os forfaits (falamos sobre isso mais à frente)

    2. Saída no final do dia de trabalho (pelas 17h)

      1. Jantar pelo caminho (para otimizar o tempo e reduzir os custos, sugerimos que levem sandes/snacks)

      2. Chegada perto da 1h da manhã, tratando do material e forfaits na manhã do dia seguinte.


O Alojamento



Já experimentámos quase tudo em Serra Nevada. Apartamento ou hotel, zona baixa ou zona média, 4 estrelas ou "on a budget", já experimentamos tudo. Mas o ideal é começar por perceber a tipologia da vila.


Serra Nevada, a vila, está instalada numa das encostas da montanha. Tem duas praças (Pradollano e Andaluzia) na sua base - a zona baixa - e uma estrada (calle virgen de las nieves) que serpenteia a encosta, sempre a subir, até à zona alta.


Porque é que há uma zona média e uma zona alta?

Fácil. Para quem visita apenas a vila ou para quem se quer movimentar pela encosta sem ter de subir uma imensidão de escadas, há uma tele-cadeira que sai da zona baixa (junto à praça Pradollano) e sobe até ao cimo da vila. Pelo caminho, tem uma zona de saída e entrada de pessoas... a zona média.



Porque é que isto é importante? É simples. Há quem prefira sair do hotel/apartamento e estar logo ao lado de uma das duas cabines (borreguilles e andaluz) que sobem até às pistas. Desta forma, no fim do dia, assim que chegamos da última descida, ficamos a relaxar/beber um copo "lá em baixo" e, depois, já estamos no hotel.

A favor das pessoas que preferem ficar na zona baixa está o horário das cadeiras que, na época alta, param de andar às 20h e, na época baixa, às 18h (claro que podem sempre subir pelas escadarias, mas tem o seu nível de cansaço). É limitador se quiserem usufruir da oferta de restaurantes, que é bem mais vasta na zona baixa.

Contra a zona baixa... só os preços mesmo!


Mas há mais um fator a ter em conta quando optamos por usar as cadeiras... o carregar o equipamento. Mas falamos disso mais à frente na secção dedicada ao equipamento.


Hotel ou Apartamento?

Muito sinceramente, depende dos gostos e da profundidade da carteira de cada um.

O hotel tende a ser mais cómodo e introduzir o efeito "não fazer nada", enquanto o apartamento permite otimizar custos com as refeições, por exemplo.

Quanto aos apartamentos, se for 1 ou 2 pessoas apenas, o efeito da poupança dilui-se. Se forem mais de 5 a oferta existente reduz bastante... principalmente se não quiserem ter 6 pessoas a partilhar uma casa de banho (tem impacto na logística da manhã).


Nós já ficámos alojados em 3 hotéis na zona baixa e 1 na zona média:

  • Hotel Telecabina (zona baixa) - durante anos usamos este hotel com as miúdas, sempre em quartos quádruplos e com o jantar incluído.

  • Hotel Melià Serra Nevada (zona baixa) - o nosso preferido, mas bem mais caro... Não pode ser sempre, mas, quando pode, sabe muito bem. Tem uma piscina magnífica (zona de spa) para ajudar a relaxar no final de um dia de neve.

  • Hotel Mont Blanc (zona baixa) - experimentamos uma vez e não ficámos fãs, quer pelo ruído, quer pela qualidade do restaurante (sem ofertas vegetarianas). Não justifica o valor, existindo melhores opções por valores mais baixos.

  • Hotel GHM Monachil (zona média) - a primeira vez que fomos só os 2 a Serra Nevada, ficámos no GHM. É um bom hotel, mas a nossa inexperiência a esquiar e a carregar esquis nas cadeiras de acesso à vila levou-nos a passar a escolher opções na zona baixa.

Vamos falar sobre apartamentos. Já experimentamos muitos também, 3 na zona baixa e 3 na zona média:

  • Edifício Inside Plaza Sierra Nevada (zona baixa) - a primeira vez que fomos com amigos (éramos 4) ficamos no Inside Plaza. Funcionou porque nos dávamos muito bem e tínhamos muita confiança, mas o apartamento era muito pequeno para 2 casais. Para apenas um casal com filhos, funciona melhor.

  • Edifício Mont Blanc (zona baixa) - Já por duas vezes a Rita optou por ficar em Lisboa, tendo eu (Pedro) e as miúdas ido sozinhos. Numa dessas vezes, ficámos neste edifício, num T1.É muito central e tem estacionamento (vejam o próximo tópico).

  • Edifício Arttyco (zona média) - o nosso preferido em termos de apartamento. Fica na zona média, o que hoje já não nos assusta e, muito importante, este edifício tem uma piscina no condomínio. Oferece uma boa relação preço-qualidade.

  • Edifício Maribel (zona média) - este edifício, e todos os que estão na Praça Maribel, tem um acesso direto às pistas. Quem gosta de começar a esquiar logo cedo, sem ter de apanhar uma cabine, esta é uma excelente e económica opção. Quando alugámos aqui o apartamento, tinha estacionamento incluído.

  • nota: estes edifícios têm diferentes opções a diferentes preços e são geridos por pessoas/entidades diferentes. Usem o booking ou outra plataforma ao vosso gosto para escolherem a opção que mais vos agrada.


O Estacionamento


Este é um ponto importante, porque acrescenta, e muito, aos custos da viagem. O estacionamento na rua, na zona baixa, é escasso e pago. Há, no entanto, um parque subterrâneo bastante grande.

Dica: se quiserem estacionar no parque coberto, paguem no site antecipadamente e têm um desconto de 15%. Para referência, 3 dias são 60€ (20€/dia), 51€ com desconto.


A alternativa é tentar estacionar fora do parque coberto, ao longo da rua que sobe a vila. Em bom rigor, de carro, a vila tem de ser feita a descer pela calle Virgen de Las Nieves, que é de sentido único. Antes de entrarem na vila, há um desvio à esquerda que vos levará à zona alta. Nessa altura, é só começar a descer e procurar um lugar. Dependendo da distância a que estão da zona baixa e da hora do dia, podem ter maior facilidade ou dificuldade. Atenção às zonas pagas ou proibidas! Multam e não justifica o valor.


O Acesso às Pistas


Para acedermos às pistas temos de ter um cartão de acesso, o Forfait. Existem 2 opções: esquiadores e não esquiadores. Vamos falar apenas dos para esquiadores, pois é o que compramos. O forfait para não esquiadores permite subir até à base da estância apenas para disfrutar do ambiente.


O Forfait esquiadores dá-nos acessos a todos os meios mecânicos nas pistas, incluindo a tal cadeira na vila que nos leva da zona baixa à zona alta e vice-versa. O forfait é individual e tem preços diferentes em função da idade e da altura do ano.


Para referência, 3 dias em abril:

  • Menores de 5 anos - 24€

  • Dos 6 aos 15 anos - 92,6€

  • Dos 16 aos 59 anos - 142,5€

  • Dos 60 aos 69 anos - 114€

  • Maiores de 70 anos - 24€


Podem comprar online ou, em alternativa, tentar uma combinação com o aluguer de equipamento ou a reserva de aulas. Normalmente, fica ligeiramente mais em conta. Nós compramos sempre os forfaits na Sporski, ou sozinhos ou com outra oferta de alojamento e seguro.


Se optarem por comprar à chegada, podem fazê-lo nas máquinas localizadas na praça central da estância, em alguns hotéis e em mais alguns locais de conveniência. Também na praça central encontram bilheteiras para compra/levantamento presencial.


Nota: há vários tipos de forfaits, de temporada, dias consecutivos (o que costumamos comprar) e outros. Uma das promoções da estância é o "El Subidon Universitario", com descontos para estudantes do ensino superior e onde estão incluídas quase todas as universidades Portuguesas.


O Aluguer/Compra de Material


Vamos começar por dividir este tópico em 2, o equipamento de esqui ou snowboard, e a roupa para a neve.


Equipamento

Nós todos começamos pelo esqui. Apenas a Bia mudou, já este ano, para o snowboard. Escolham a vossa preferência e pronto. Podem sempre mudar no tempo. No caso do esqui, alugar equipamento implica alugar botas, esquis e bastões. No caso do snowboard implica alugar uma tábua e umas botas.

A escolha da loja onde alugam o equipamento é importante. Apesar de todos os hotéis e apartamentos terem um local para guardar os esquis, por vezes é chato andar a carregá-los logo pela manhã, ou no final do dia, quando queremos simplesmente ficar a relaxar um pouco numa esplanada. Mais difícil se torna quando ainda temos de nos sentar nas cadeiras que nos transportam para a zona média ou para a zona alta.

Para ajudar à festa, não só a dimensão é grande, como o material é pesado e a mobilidade com umas botas de esqui calçadas é mais reduzida (isso não acontece no snowboard).


Por isso é que é importante a loja escolhida. Algumas lojas permitem deixar o equipamento no final de um dia de esqui. A vantagem é óbvia, acabar de fazer a última descida, entrar na loja, descalçar as botas, calçar umas sapatilhas ou botas de neve (que depois de um dia com as botas do esqui parece que estamos nas nuvens) e deixar tudo na loja. No dia seguinte, logo de manhã, levantamos o material novamente (devidamente higienizado e seco). Para nós, é uma grande vantagem.


Normalmente, reservamos o material antes de ir, mas a oferta é tanta que podem muito bem alugá-lo lá. Aqui ficam algumas das lojas com quem temos alugado equipamento:

  • Snowmotion - a nossa preferida. Fica mesmo na saída do "Rio" (última pista antes da vila). Trata-se de uma pequena loja com preços muito acessíveis e uma localização fantástica.

  • Mesmo ao lado da Snowmotion, encontram uma loja de material mais antigo (e venda em 2ª mão) da Monitortecno. Encontram aluguer de equipamento a metade do preço (10€/dia para esqui e 12€/dia para snowboard). Foi a nossa opção na última ida a Serra Nevada.

Mas há muito mais opções.

Nota importante: com o que sabemos hoje de acidentes na neve, não faz sentido não alugar (ou comprar mesmo) um capacete. É uma proteção imprescindível. Levamos sempre os nossos.


Comprar vs Alugar

Nunca nos pareceu que compensasse comprar. Por vários motivos. O material é caro e precisa de manutenção. É difícil de transportar e isso também conta na altura de colocar material para 4 pessoas no carro. O custo é relativamente alto, mas o valor de comprar o equipamento completo de esqui, por exemplo, dá para alugar o mesmo equipamento mais de 10 anos.

Há, no entanto, quem compre só as botas, por exemplo, por questões relacionadas com a higiene. O transporte é muito mais simples. Nós nunca o fizemos.


Quase todas as lojas têm presença online com lista de preços. Quanto mais central, mais caro. Por exemplo, alugar equipamento numa loja que fica na zona alta é bem mais barato. Se o objetivo é deixar os esquis no guarda esquis do hotel ou do apartamento, então esta poderá ser uma boa opção. Nós nunca experimentámos.

Para referência, 3 dias de aluguer de equipamento completo de esqui pode custar entre 30€ e 99€, dependendo da gama de material que desejam. Se estão a começar ou são principiantes (pistas verdes e azuis), a gama média é a indicada. Se fazem maioritariamente pistas azuis e vermelhas, e eventualmente algumas pretas, pelo menos a gama alta deveria ser a vossa escolha. Se querem mais performance (velocidade), então o ideal é mudarem para a gama premium.

São sempre 3 gamas. Por vezes a nomenclatura muda (bronze, prata e ouro) mas o conceito é o mesmo.


A Roupa

Não invistam logo no guarda-roupa completo sem perceberem se gostam mesmo deste tipo de atividade. A roupa é cara. Há, obviamente, opções baratas, mas em caso de apanharem muito frio, vento e até mesmo chuva/neve, essas opções baratas tornam-se desconfortáveis.

Caso possam, peçam primeiro emprestado (foi o que fizemos no primeiro ano). Caso não possam, aluguem calças, casaco e luvas.

O que fica a faltar? Camisolas térmicas, caso esteja muito frio, pescoceira e meias quentes.


A Alimentação


Outro custo meio escondido, e grande. Serra Nevada tem muitas opções para almoçar e jantar. Muitas mesmo. Comecemos pelo almoço. Nós almoçamos sempre, e maioritariamente, lá em cima na estância. Há 2 ou 3 restaurantes abertos, dependendo da época em que vão, mas 2 há sempre. Lá em cima nas pistas tudo é ligeiramente mais caro, mas aceitável. Um menu com bebida hambúrguer/pizza e batatas fritas custa por volta dos 10€. Se quiserem alternativas veggie, também há e com preços idênticos.

Também têm a possibilidade de escolher entre alguns pratos, sopa ou sandes. Há para todos os gostos.



Mas há outras opções. Há quem goste de descer, esquiando, até à vila e almoçar num dos muitos restaurantes. Mais rápido ou mais lento, com melhor ou pior qualidade, mais caro ou mais barato, há muitas opções.

Também podem levar comida numa mochila (há vários supermercados na vila) e comerem nos espaços comuns. Há ainda quem não almoce, ou coma apenas uns snacks! Para nós que gostamos de comer, esta não tem sido uma opção! Almoçando ou não, nós levamos sempre uma ou duas barrinhas energéticas para aconchegar o estômago a meio da manhã. Vantagem: param, apreciam a vista que é magnífica, eternizam momentos tirando fotos ou filmando e recuperam energia para mais umas aventuras. Façam por disfrutar de tudo. Vale mesmo a pena.


O Après Ski

O famoso après ski. Acabado o dia, nada melhor que descansar um pouco, em boa companhia, enquanto bebem um copo, comem qualquer coisa ou, simplesmente, bebem um chocolate quente para aquecer. Sabe tão bem. Com os anos, fixamos a nossa paragem numa taberna muito típica, a Taberna El Cartujano.

Por cada copo que pedem, servem um petisco... e ali ficamos, horas à conversa.


Se o dia está "quente" e o sol brilha, também podem optar por beber um gin nas esplanadas da Praça da Andaluzia. Há mesmo muitas opções. Com e sem música, com mais ou menos barulhos, etc.. O importante é desfrutar.



Mas, afinal de contas, quanto custa uma escapadela destas?


Usando como referência uma ida de 3 dias (a esquiar), com 3 noites de alojamento, para 4 pessoas (todas no mesmo apartamento), chegamos aos seguintes valores:


Viagem (saída da zona da grande Lisboa)

São 1.500km e 34€ de portagens (todas em Portugal). Vamos assumir uma média de 6lt aos 100km:

6 x 15 = 90 lt. Se conseguirem maximizar a compra de combustível em Espanha, melhor, mas assumindo um custo de combustível de 1,8€ por litro, totalizamos 162€.

Se adicionarmos as portagens são 196€ da viagem de ida e volta!


(total 196€ | 49€/pessoa)


Alojamento

Há várias opções, obviamente, mas vamos considerar um apartamento com um quarto, para quatro pessoas, três noites, na zona média (mesmo ao lado das cadeiras). ~100€ por noite. 3 noites 300€.


(total 462€ | 115,5€/pessoa)


Estacionamento

Vamos deixar o carro no parque coberto mesmo no centro da vila. Não se esqueçam de pagar na app antecipadamente. 3 dias são 51€.


(total 513€ | 128,25€/pessoa)


Acesso às pistas

Tal como vos dissemos acima, normalmente compramos os forfaits na sporski. São mais baratos que a venda online e combinamos com o seguro de viagem à neve. O valor por pessoa (16+) é de 123€, ou seja, os 4 custa 492€.


(total 954€ | 238,5€/pessoa)


Aluguer ou compra de material / Roupa

Vamos fazer as contas a 4 esquiadores, 3 dias, gama média. O valor sem promoções ou descontos (que também os há) é de 52€ por pessoa, ou seja, 208€ no total.


(total 1.162€ | 290,5€/pessoa)


Alimentação

Considerando que almoçamos nas pistas, 10€ por pessoa, por dia, são 120€, aos quais juntamos os jantares num valor igual. Pode ser mais ou pode ser menos, dependendo do que fizermos, mas para este exercício fazemos assim. Fica um total de 240€.


(total 1.402€ | 350,5€/pessoa)


Seguro e Cartão Europeu de Saúde


Na nossa última ida a Serra Nevada valorizamos muito este tópico. A Rita partiu o pulso numa queda enquanto esquiava. Foi transportada por uma mota de neve para a clínica pública da estância e, mais tarde, fomos a Granada ao Hospital Universitário.


Uma nota importante:

Ou têm o Cartão Europeu de Saúde (que podem pedir gratuitamente no site da Segurança Social Direta), e é como se estivessem em Portugal num Hospital público, ou então têm de ter seguro. Caso usem uma agência especializada em viagens deste tipo, como a sporski, o seguro base já está incluído.


Esperamos ter ajudado a que se tornem amantes da neve, como nós! E qualquer dúvida que tenham, falem connosco. Vamos adorar poder ajudar-vos.

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