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Espanha '21 (parte #3) - Valencia


Dia 17 de Agosto (dia #5 de viagem)


Malas feitas, despedimo-nos de Granada e seguimos para o próximo destino, Valencia. Comprámos o almoço (os nossos típicos snacks) ainda em Granada, e decidimos comer algures a meio do caminho.

Chegamos pelas 17h a Valencia. Bem no centro. Fizemos check-in e saímos para explorar o que esta cidade das artes e ciências tinha para nos mostrar. Ficámos apaixonados desde o início e vamos contar-te tudo.

Queríamos jantar num italiano e fomos à procura de um spot que nos convidasse a entrar. Descobrimos, jantamos e adoramos. E não é que era só e apenas uma das melhores pizzarias do mundo (ao que parece está no top 10) - Grosso Napoletano. Que maravilha! No atendimento, na qualidade das pizzas, feitas em forno de lenha, na massa, que era fantastica... enfim, tivemos sorte.

Depois foi só perdermo-nos nos bairros de Valencia.

Dia 18 de Agosto (dia #6 de viagem)


A Panaderia Granier

Dia de caminhar. Já sabem que adoramos conhecer uma cidade, percorrendo-a a pé.

A primeira caminhada foi até ao local onde queríamos tomar o pequeno almoço. Na noite anterior tínhamos visto uma panaderia com ótimo aspeto. Tomámos nota do nome e lá fomos. Saímos do hotel, colocámos o nome do google maps e lá fomos. 1,7 kms pareceu-nos estranho, mas era de manhã e estávamos cheios de energia. Quando lá chegámos... não era aquela. Era a mesma empresa, que aparentemente tem uma serie delas espalhadas por Espanha, mas não era aquela. Não tyeve problema nenhum, e foi ótimo.

Já agora, sabem onde era mesmo a panaferia que vimos? A 50 metros do hotel, mas na outra direção!


Cidade das Artes e da Ciência

Tomámos o pequeno-almoço e decidimos caminhar até à "Cidade das Artes e das Ciências". O percurso oferece-nos verdadeiros monumentos misturados em perfeita harmonia com a arquitetura da cidade. Pelo meio, um hidden spot sugerido pelo Pinterest... a casa Judia. No final dos cerca de 4 km feitos a pé, lá estava o complexo de cúpulas e lagos... A Cidade das Artes e das Ciência. Majestoso.

Nós fizemos a pé, mas podíamos ter feito de bicicleta ou de autocarro.

À tarde, continuámos a vaguear pelas bonitas ruas de Valencia, a visitar verdadeiras obras de arte e terminámos, sentados, na Plaza de La Mare de Deu, à conversa, enquanto bebíamos umas cervejas, uns tintos verano e degustávamos uma tábua de queijos e enchidos. É uma praça onde podemos encontrar muitos artistas de rua. E lá estava o “nosso” fadista. Não sabemos o nome dele, infelizmente. Estava a tocar guitarra e a cantar. Quando veio à nossa mesa agradecer e pedir uma contribuição, percebeu que éramos portugueses. Ficou encantado. Andava a aprender a tocar guitarra portuguesa e a cantar fado. Estava a ser muito difícil aprender pois não conseguia encontrar professores que o conseguissem ensinar a tocar guitarra portuguesa. Mesmo assim, e com todas as suas fragilidades, encantou-nos com um fado, cantado com uma emoção que nos tocou. Ficou nas nossas memórias.


Finalmente... Pintxos

Ao sexto dia de viagem... pintxos para jantar. Entrámos numa praça lindíssima, a Plaza Redonda, e decidimos parar para comer pintxos. A diferença entre um pincho (pintxo é muito mais giro, mas é Basco) e uma tapa é complicada e depende, em parte, de onde estamos em Espanha. No País Basco, comem-se ‘pintxos’ (nunca 'pinchos’) e não ‘tapas’. Começaram por se chamar pinchos por ser um pedaço de carne 'pinchado' (com um palito) no pão. Mais a sul, por exemplo em Granada (de onde viemos), uma pequena porção, seja servida no pão ou não, é um tapa... e já agora, é de graça. Conhecemos bem esse conceito de Serra Nevada. Peçam um copo... a tapa é oferecida.

Bom, voltemos à Praça Redonda, tem várias opções para comer, dentro e fora, e todas com esplanada.




Dia 19 de Agosto (dia #7 de viagem)


Dia de anos do Gonçalo. É sempre especial quando estamos de férias e temos de surpreender o Gonçalo. Desta vez, agendámos um tour de bicicleta com guia. Foram 3h de visita guiada pela história de Valencia, percorrendo as suas ruas e bairros.

A Marta foi a nossa guia. Adorámos. A arte urbana no Bairro Del Carmen, a Basílica, o Mercado Central, a Estação dos Correios, a Catedral, o Mercado da Seda (património da UNESCO)… as histórias são encantadoras.

Valencia é um dos destinos mais importantes de arte urbana em Espanha. Caminhando pelos bairros antigos, vimos autênticas obras de arte a céu aberto.

Junto ao Mercado Central, encontramos a Lonja de la Seda, onde podemos observar figuras bem simbólicas no seu topo. De acordo com a Marta, a gárgula que vemos no cimo do Mercado da Seda, inclinada, nua e com as mãos a tapar os genitais, indicava o sentido do Bairro Del Carmen, onde os comerciantes que desembarcavam no porto, na idade média, podiam encontrar as prostitutas (bordel medieval de Valencia). Nessa altura, as prostitutas, tinham privilégios concedidos pelo rei e eram submetidas a um rigoroso controle médico e só podiam sair do bordel e circular pela cidade com autorização.



Passámos pela casa mais estreita da Europa, a La Estrecha. Tem apenas 107 cm de largura.

Apesar da fachada minúscula, nos andares superiores, juntaram o espaço ao dos edifícios laterais para fazerem apartamentos de tamanho normal. Quando lá estivemos estava tudo fechado e não conseguimos entrar no café.

Chegando à Catedral gótica da cidade, ouvimos a história do Santo Graal original, que se encontra protegido por um vidro, dentro da Capela Sagrada.


O rio que afinal é um... jardim

A caminho da Cidade das Artes e das Ciência, ouvimos a explicação do rio que é jardim. Por ocorrência de uma grande inundação, em 1957, onde morreram muitas pessoas, foi construída uma barragem e decidiram fazer um jardim onde antes era o rio e este passou a correr por baixo do jardim, em grandes condutas.

Na altura havia duas opções: uma via rápida a atravessar toda a cidade, ou um fantástico jardim. Imaginem o leito de um rio a atravessar a cidade, pintem-no de verde, salpiquem-no com lagos e zonas para a prática de desporto e já ficam com uma ideia do resultado final.


Há praia em Valencia?! No centro?!

Chove 3 vezes ao ano, e um dos dias foi o de passeio de bicicleta. Sorte ou azar? Mas passou rápido e o tempo ficou menos húmido.

Acabámos o passeio com a alma cheia de tantas estórias e tanta História. E sabem o que aconteceu, deixaram-nos ficar com as bicicletas o resto do dia. Aproveitamos cada minuto. Pusemo-nos a caminho da praia, passando pela marina. Que passeio! Que cidade preparada para este tipo de locomoção, plana e cheia de ciclovias. Não fazíamos ideia da praia que iríamos encontrar, mesmo no meio da cidade. Almoçamos, fomos a banhos (água a 27⁰), voltámos às bicicletas, todos salgados, de cabelos desgrenhados e de alma lavada e fomos visitar o mítico estádio do Valencia, o Mestalla.

Para fechar o aniversário do Gonçalo, fomos comer a famosa Paella. Não pedimos uma. Não pedimos duas, mas sim três paellas diferentes. Quando a escolha é difícil…pedimos tudo, ou não fosse Valencia o lar da paella. Experimentámos de tudo, de marisco, de frango e de verduras. Jantámos no Geppetto e, no final, colocámos duas velas (1 e 6) em dois muffins de chocolate e cantamos os parabéns ao Gonçalo, com direito a acompanhamento de um artista de rua e tudo. Um dia em cheio.



Dia 20 de Agosto (dia #8 de viagem)


Dia de deixar Valencia em direção a Barcelona. A mais curta das nossas deslocações. Pouco mais de 3h. Uma vez mais, abastecemo-nos num supermercado para a viagem, almoçámos pelo caminho e ainda fizémos um fantástico pitstop para ir a banhos. Querem saber onde? Vejam o post da parte #4.


Acompanhem o resto da nossa Spanish Roadtrip 2021.

Vejam as várias partes desta aventura

Parte #3 (17 a 20) - Valencia

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